juntos

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Já entrou em casa olhando tudo com uma curiosidade infinda. Estava com vergonha de falar comigo, e eu impressionado com a energia sem filtros que emanava dele. Até que veio a realização mútua (ou única) de que “… ei! eu sou você!”

Abri um sorrisão por me sentir daquele jeito mais uma vez, e o mesmo sorriso ele abriu por se sentir de uma forma inédita. Aí seguiu-se a cartilha.

— Playstation que número?

— Cinco!

Lhe faltaram palavras. O controle em mãos. Pesado, futurista.

— E a gente mora aqui sozinho?

— Não. A gente mora aqui juntos.

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Guilherme Polonca
Guilherme Polonca

Written by Guilherme Polonca

crônicas de ódio e outros sentimentos menos nobres

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